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Cada macaco no seu galho. Quando a hora de profissionalizar chega

Acredito que encarar o processo de profissionalização cabe apenas àqueles que buscam crescimento no negócio. Muita gente não pensa em crescer, ou por já estar satisfeito, ou por medo.

Quando eu e minhas sócias detectamos que estávamos atuando em mode automático, mergulhados em profundidade nos projetos dos nossos clientes e enxergando de forma superficial a gestão da empresa, começamos a nos questionar: mas e a TR10? E a gestão da empresa? E a prospecção de outros clientes? E a medição dos resultados? 

Naquele momento, como bons pequenos empreendedores em inicio de negócio, não tínhamos as respostas, mas sentíamos um tremendo incômodo. Algo dizia que era preciso agir logo. Os incômodos, aqueles que geralmente aparecem quando estamos muito ocupados para percebê-los, aumentavam:

  • sócios e equipe praticamente faziam as mesmas coisas;
  • equipe ainda em formação, com pouca autonomia;
  • entregas de alta qualidade e 100% dependentes dos sócios;
  • gestão caseira;
  • pouca visibilidade da rentabilidade dos projetos;
  • processo de prospecção indefinido;
  • não havia divulgação da marca.

E, assim, a “chave virou”. Os sintomas mostravam cada vez mais que precisávamos profissionalizar. O desafio ficou mais claro e entendido. Era chegada a hora de “largar o osso”, de pensar mais do que apenas fazer as coisas “rodarem”, de avaliar os riscos e as possibilidades de crescimento.

Encaramos o desafio. 

Nosso primeiro passo foi parar para conversar entre nós, sócios. Parece uma atitude boba. Mas quando você está afundado em trabalho e tem foco em produzir e não gerir, você sempre arranja uma desculpa para não falar sobre a gestão do seu negócio. Começamos a conversar com maior frequência, compartilhar os gaps que percebíamos e analisar, juntos, tudo que tínhamos na casa. Foi quase que um momento no divã. Dos passos que demos, dentre os muitos para encarar essa caminhada da profissionalização, compartilho aqui os fundamentais:

  • reservar tempo para conversar sobre a empresa, mesmo que não tenha uma pauta definida. Depois essa sessão ganha uma agenda mais certinha, com minutos dedicados ao financeiro, à gestão, aos clientes, aos prospects e à equipe. 
  • investir em qualificação.
  • buscar consultorias de gestão e especializadas nas áreas em que mais necessite.
  • estabelecer processos.
  • aprimorar o modelo de recrutamento, com foco em profissionais mais qualificados.
  • desenvolver uma rede de parceiros e fornecedores consistente e de alta qualidade.
  • definir funções específicas para cada sócio;
  • rever e redefinir o posicionamento de marca.

Finalizamos a primeira onda de profissionalização da empresa (pois será uma frequente) e os resultados já são evidentes e muito animadores. O trabalho flui melhor, ganhamos em produtividade e qualidade. O crescimento aconteceu. 

Hoje somos profissionais completamente diferentes daqueles que fundaram a TR10 em 2013. Confesso que praticar o desapego ainda é difícil, mas “largar o osso” tem sido uma experiência super positiva. Voltar a estudar e defender nossos projetos com muito mais propriedade é estimulante.  Ainda há um longo caminho a percorrer e dores de crescimento a sentir. Afinal, encarar o processo de profissionalização é para aqueles que buscam o crescimento do negócio. É para nós e espero que seja também para você. 

Sucesso!