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Como desenvolver um conceito mais forte e atrativo para o seu ponto de venda

Um ponto de venda sem conceito é um ponto de venda “vazio”. Ele pode até ser esteticamente bonito, mas não diz nada. E não dizer nada é tudo que um negócio não pode fazer em tempos de consumidores que compram pela identificação e relação emocional com a marca.

O conceito para um ponto de venda é mais do que o ponto de partida para a criação do seu projeto de arquitetura e interiores. É a alma do projeto. É a sensação de que tudo está conectado, o visual, os produtos e serviços, a marca, as pessoas, tudo que está na loja e que tudo faz sentido. O conceito fala. 

Criar um conceito forte e atrativo para a sua loja ou negócio é um desafio que as grandes marcas lidam desde a sua criação e investem massivamente para permanecerem atrativas. Não pelo simples capricho de ter uma boa marca, mas pela consciência de que essa manutenção reverte em vendas. 

Se as grandes marcas aprenderam com a lição de casa, o pequeno e médio varejo pode se beneficiar do mesmo aprendizado e seguir os passos da construção e, futuramente, da manutenção de um conceito forte de marca. 

Como desenvolver um conceito forte e criativo para o seu negócio? Compartilho minha sugestão com você, aqui neste post. 

Conheça a sua marca

Uma coisa que aprendi é que não existem obviedades quando se trata de marca. Explore as minúcias da sua marca. Faça um exercício para entendê-la. Estude seus valores, seus princípios, suas premissas, sua estratégia de negócio, seu público-alvo, sua identidade, o porquê de seu nome, sua história, como ela quer ser vista pelo mercado, dentre outras informações. Se você não conhece sua marca o suficiente, jamais conseguirá criar um conceito forte para o seu ponto de venda. 

Tenha uma estratégia de marca

Após o conhecimento profundo do que a sua marca é, você precisa definir a estratégia de posicionamento na sua área. É o momento de tirar sua marca do divã, entender onde ela está inserida e como ela poderá se destacar no ambiente. Estratégia nada mais é do que a escolha dos caminhos, ferramentas e atitudes adotadas, sob uma determinada forma e período de tempo. É na construção da estratégia que você vai descobrir uma série de informações cruciais de diferenciação e pontos fortes que podem ser reforçados no seu conceito. 

Envolva o consumidor na sua história

A  contação de histórias ou o termo em inglês, o storytelling, adotado pela publicidade e consagrado pelo cinema, é uma das ferramentas para se conectar com o consumidor. Na perspectiva do varejo a arte de contar histórias, diferentemente do cinema e da TV, pode se aproveitar de todos os sentidos humanos, a visão, o olfato, o paladar, a audição e o tato.  Uma história envolvente de marca nos dá os elementos necessários para criarmos um Design de Varejo que transforma a jornada de compra numa experiência personalizada combinando estrategicamente a linguagem visual, os sons, as cores, os aromas, o layout do PDV e a atitude dos funcionários para promoverem, juntos, a identificação e o envolvimento da marca com o consumidor. Toda a arquitetura e visual merchandising do ponto de venda deve retratar esta história, seja no layout, na fachada, na vitrine, na iluminação, nos equipamentos, no mobiliário, nos expositores, na comunicação visual e em todos os touchpoints (pontos de contato) com o consumidor.

Venda emoções

Todas as pesquisas de comportamento e tendências no varejo não cansam em apontar que mais marcante do que o produto ou o serviço em si é a experiência que o consumidor teve antes, durante e depois da compra. Afinal, somos humanos e quimicamente configurados para sermos marcados por emoções. Pense em contextos emocionais para motivar e para conduzir a compra. Faça da decisão de compra do shopper um momento único. Eleve a sua comunicação e comunique experiências. O seu desafio deve ser atingir os sonhos e as emoções do consumidor sem que ele perceba a intenção comercial por trás desta aproximação. E atenção: para que a mensagem seja correta, é preciso que a empresa conheça profundamente a sua própria marca, bem como as expectativas e gatilhos emocionais que afetam seu público-alvo.

Busque o UAU!

Se você já percorreu todos os passos anteriores, é hora de correr para o UAU!. Não que a tarefa tenha ficado mais fácil, pois você terá que se esmerar na experiência de compra do consumidor. Atente para: o processo de comprar; a interação do consumidor com os produtos e com a equipe; a variedade e preços alinhados com as expectativas; a operação sem falhas; e, sem dúvidas, com uma equipe cativante, motivada e treinada. Afinal, você quer que o cliente compre mais, volte mais vezes e indique a sua loja.

Sabemos que criar um conceito já é um desafio. Criar um conceito sempre atrativo e forte é um desafio ainda maior, entretanto, compensador. Em tempos de competitividade acirrada e negócios online é questão de sobrevivência.  Afinal, quem quer uma experiência sem alma, não é mesmo?! 😉