O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?’, pergunta Alice ‘Isso depende muito de para onde você quer ir’, respondeu o Gato. ‘Não me importo muito para onde…’, retrucou Alice ‘Então não importa o caminho que você escolha’, disse o Gato.” (Alice No País das Maravilhas)
É olhar para trás e perceber o quanto e como foi feito. É entender o tamanho da energia despendida. É partir da vontade para a decisão. Pensar nos próximos cinco anos da empresa, depois dos cinco árduos primeiros, talvez tenha sido uma das experiência mais marcantes da minha vida profissional.
Meu objetivo aqui neste post não é compartilhar regras ou passo a passo. E sim tentar traduzir da melhor forma possível a minha experiência, como empreendedora e responsável financeira da empresa, durante o processo de planejamento. Espero que, de alguma forma, a minha jornada possa ajudar você a traçar o melhor caminho para o futuro que deseja para a sua empresa. Vem comigo!
O sinal
Muitos projetos, muito trabalho, muito tudo, muito nada. Tudo é urgente. Os números não falam. As perspectivas não são claras. Ou melhor: está difícil ler as perspectivas de crescimento. Ah! Cresceremos? O quanto? O papel da Alice caiu muito bem em mim naquele momento. Não saber qual caminho seguir é uma situação na qual não gosto de me encontrar. Tínhamos de decidir o rumo da empresa.
O chamado
Partiu de quem estava do lado de fora da “caixinha”. Para os que acham que consultores são um clichê desnecessário ao negócio, sinto dizer que podem estar enganados. Ter um profissional qualificado e experiente avaliando o cenário da empresa e, principalmente, falando aquilo que já sabemos, mas que não queremos fazer nada para mudar, é um recurso crucial. O “chamado” partiu dos consultores e reforçou nossa certeza de que precisávamos rever o objetivo de negócio e tratar de desenhar nosso planejamento.
O medo
Depois de perceber que havia passado da hora de ter um planejamento detalhado, robusto e objetivo e que estávamos crescendo sem ele, surgiu o receio de um desastre eminente. O medo de não saber bem se ia conseguir desenhar algo tão importante para a empresa deu o ar da graça. Felizmente e aos poucos, com a bagagem adquirida ao longo da minha carreira e com o apoio de uma consultoria, me organizei para começar a ler os últimos e os próximos anos.
A jornada
Demos alguns passos para trás, com o intuito de usufruirmos de muitos à frente. Repensamos o branding da empresa, definimos o objetivo de negócio, segmentação e ação, passamos pelas metas e iniciamos, agora em 2018, as primeiras implementações planejadas. A jornada continua. É só o começo.
A recompensa
Do ponto de vista financeiro, sou uma pessoa muito mais feliz porque os números ganharam sentido e meu trabalho ainda mais. O planejamento estratégico financeiro está alinhado com as ambições e metas da empresa.
O aprendizado
Aprendi que:
- tudo deve ser colocado no papel e discutido de forma organizada e objetiva.
- devemos nos planejar para facilitar nosso trabalho.
- é importante desprender-se da rotina do dia-a-dia. Só assim conseguimos tempo para discutir o planejamento.
- ouvir opiniões de profissionais mais experientes torna tudo mais fácil e claro.
A vida que segue
“Se eu tivesse 8 horas para cortar uma árvore, gastaria 6 afiando meu machado” (Abraham Lincoln)
Se eu soubesse o quão importante era planejar o negócio estrategicamente no início de tudo, teríamos nos antecipado e estaríamos mais avançados como empresa.
O futuro renovado
Para os próximos cinco anos traçamos nossas estratégias para conseguir o reconhecimento nacional na área de Design de Varejo, ter uma equipe mais experiente e robusta, ofertar serviços inovadores e atingir um crescimento de 50%, pelo menos. Ufa! Como é bom planejar!