O crescimento de vendas no canal farma continua superior ao do varejo nacional e ultrapassou os 2,1% no primeiro semestre deste ano. De acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma), até junho, as 24 maiores redes do país movimentaram R$22,78 bilhões, um movimento gerado especialmente com a abertura de novas lojas em cidades com até 50 mil habitantes.
Trabalhamos com o rollout de canais farma há mais de quatro anos, atuando na criação de projetos de arquitetura, estudo de viabilidade, levantamento cadastral. Tive a satisfação de captar e trabalhar com os projetos de expansão da Drogaria Coop, Extrafarma, Raia Drogasil, Drogaria São Paulo e Drogaria Americana. O crescimento ágil e a busca pelo alto padrão e qualidade dos serviços durante o processo de expansão é, de fato, um denominador comum entre essas redes. Estes aspectos nos ensinaram a construir uma equipe sólida de especialistas no segmento e a sermos ainda mais rígidos com os atributos técnicos de padronização, requeridos em todas as etapas do processo.
O mais interessante desse aprendizado foi atuar na expansão dos canais farma, quando estes passavam por uma grande repaginação. As farmácias são hoje mais do que um balcão de pedidos e uma balança. Além dos medicamentos vendidos com prescrição médica, o canal aumenta o seu faturamento com produtos de marca própria, MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição), cosméticos e autosserviços.
Essa mudança trouxe à tona a necessidade de repensar e até reconceituar os canais e todo o visual merchandising, trabalhando novas aplicações de identidade visual, cores, iluminação e tudo que possa fazer com o que o consumidor fique mais tempo no canal e que tenha a facilidade de interagir com uma gama de produtos muito maior do que o da antiga e tradicional farmácia de balcão.
O remédio passou a ser apenas um dos produtos oferecidos. O canal tem ampliado a sua oferta com produtos que vão além do tratamento e atendem a prevenção, o bem-estar e a estética. Há também a diversificação com serviços complementares, como: aplicação de injetáveis, aferição de pressão arterial, medição de glicemia, análise de parâmetro fisiológico, análise de composição corporal, colocação de brinco.
Sinceramente, essa reinvenção do canal farma possibilitou que aplicássemos muito mais a essência do Design de Varejo nesse segmento. No sentido de que olhamos e cuidamos desde o conceito até o rollout do projeto, e entregamos um ambiente adequado para uma ótima experiência do consumidor. Outros aprendizados:
Ser mais detalhista: o detalhe faz sim a diferença.
Padronização é lei: o cliente deve se sentir no canal da marca, da mesma forma, em qualquer lugar.
Visual Merchandising inteligente: a disposição dos produtos, iluminação, acesso e espaço de fluxo devem ser pensados para que o consumidor não perca nenhum segundo e compre mais.
Agilidade e qualidade: a qualidade deve permear não só a entrega e sim o processo de trabalho, desde a prospecção até a implementação.
Experiência do cliente: canal farma não é mais lugar de pedidos de balcão. A repaginação do negócio trouxe a necessidade de oferecer um atendimento diferenciado ao consumidor.
Tecnologia: inovação é palavra de ordem nessa canal. Totens de autoatendimento, painéis de led na decoração e apps deixam os clientes mais próximos e ajudam na fidelização.
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